domingo, 1 de abril de 2012

IGNOTOS POETAS

E houvesse paz no vosso discurso 
E dos sepulcros
Acordassem as boas ações...
Por vãs glórias, 
Por lágrimas vertidas,
Jaz cálido o vosso amor.
- Lembrassem os sonhos
Debruçados no ontem infido
Nos dias turvos 
Acompanhado do vazio 
Das vossas palavras.
Vivereis, erroneamente,
Na vossa inquietude
De sempre hesitar...
Ereis tênue raiz 
Oscilada pelo vento antepassado 
No mar revolto
De um saudosismo de constelações
Preso no olhar,
Que assim em abstrato 
E pretérito tempo
Sobre torrentes inebriantes
De uma outrora canção 
Encarcera-se  em solicito 
E tolhido silêncio.
- Filhos do incógnito,
(Ignotos poetas)
Houvesse vida em vossos versos
E houvesse poesia em vós 
Ereis poetas vivos...

Rikardo Barretto








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