segunda-feira, 11 de junho de 2012

A REVOLTA DOS VENTOS

Um som em meu coração,
Vocifera impiedosamente,
Tal som lúrido 
A ecoar do meu âmago.
Basta-me, agora
Minha alma prófuga de mim,
Na profusão dos meus sentidos
- Turbilhões de pensamentos,
Lembranças e recordações.
Assim, sou eu, lucidamente,
Em lancinantes devaneios...
Navego no mar 
Revolto do meu ser,
Sem remos e a deriva 
Nesse mar de loucos desejos.
Perto... Longe...
Em sussurrante silêncio,
Extinguindo-se, pelo tempo.
Me decomponho...
Me recomponho...
Conduzo meu corpo
Esmaecido, 
Pelo frio da minha alma,
Na noite que me envolve,
Vazia e fria.
Tudo que vai e vem,
Numa ambígua trajetória,
A ermo, ao esmo,
Para ser esquecido
Na revolta dos ventos!!!

Rikardo Barretto


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